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Em primeiro lugar, o conservadorismo pessoal de Tim o tornava suspeito. Criado como um fundamentalista estrito, formado pelo Wheaton Bible College em Illinois e pela Stanford Law School, Tim desistiu do que chamava de estilo de vida “chique” – Porsche, guarda-roupa, mulheres – quando ingressou no Templo dos Povos. Embora idealista quanto a mudar o mundo, suas próprias crenças políticas diferem das dos líderes do templo. Ele se registrou no Partido Republicano em 1976.
Suas anotações de uma viagem que fez à Alemanha Oriental em 1958 revelaram uma forte atitude anticomunista. As notas também ecoam comentários que ele fez sobre o Templo do Povo vinte anos depois. Durante a viagem, que fez quando tinha sete anos de idade, em conexão com o Rotary International – uma suposta fachada da CIA – Tim foi preso. Ele baseou suas anotações em uma conversa que teve com um outro prisioneiro.
“Todas as semanas [na Alemanha Oriental] uma pessoa deve assistir às reuniões, algumas vezes, 2 a 3 vezes por semana. As reuniões podem durar até quatro horas – o que se discute são os escritos marxistas e a virtude de um estado democrático. Os grupos são organizados de forma a separar amigos e pessoas com interesses comuns.
Meu informante me disse que as reuniões não tiveram muito sucesso na doutrinação porque muitas pessoas haviam estado no Ocidente. Ele disse que se os berlinenses orientais soubessem antes de as fronteiras serem estabelecidas, 40% deles teriam deixado todos os bens materiais para escapar. Menos de 10 por cento deles ainda apoiam o regime…
Mesmo no exército da Alemanha Oriental, os saxões tiveram que ser trazidos de outras áreas para controlar os soldados locais, porque muitos dos soldados locais tinham simpatias anticomunistas. Foi só o medo que fez com que a maioria dos homens cumprisse as ordens … Dizem aos soldados que há dois tipos de alemães, o bom e o mau, o bom é aquele que obedece às ordens comunistas, e o mau deve ser fuzilado… Tudo o que posso fazer é ficar angustiado com o problema e orar a Deus para que isso não dure para sempre.”
Outra razão pela qual o grupo acabou acreditando que Tim era um agente provocador foi seu duplo papel como oficial da lei – isto é, promotor público assistente – e consultor jurídico da Templo. Ele frequentemente dava conselhos antiéticos, senão ilegais. Por exemplo, ele sugeriu a John e Barbara que eles “perdessem” a pasta de Lester Kinsolving. Como John escreveu: “Lembro-me de pensar, aqui está um oficial do tribunal, incitando-me a fazer algo que presumi ser ilegal.” Continue lendo “Tim Stoen – Teoria da Conspiração”